sábado, 10 de novembro de 2012

O Brasil sob as regras do Pacto Colonial


Também chamado exclusivo comercial metropolitano, que foi um sistema pelo qual os países da Europa que possuíam colônias na América, mantinham o monopólio da importação das matérias-primas mais lucrativas dessas possessões, bem como da exportação de bens de consumo para as respectivas colônias por esse motivo o Portugal teve de fazer essas leis chamadas de Pacto Colonial. O pacto colonial inclui obediência política, ou seja, as leis a serem obedecidas deviam ser as mesmas leis da metrópole correspondente à colônia. O objetivo das autoridades reais era garantir que as atividades econômicas da colônia gerassem lucros para a metrópole.

  • A crise do antigo Sistema Colonial

Juntamente integrada com o conjunto das Revoluções Burguesas, do século XVIII, está a Revolução Industrial, que foi iniciada na Inglaterra, se tornando responsáveis pela crise do antigo regime, na passagem do capitalismo comercial para o industrial. Outros dois importantes movimentos que a acompanham são a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa que, sob influência dos princípios iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea. Portanto o capitalismo seria um produto da revolução industrial e não sua causa.No Brasil a crise do sistema colonial ficou marcada por contestações diversas que comprovam as aspirações de liberdade dos brasileiros. Entre as revoltas destacam-se as Conjurações Mineira e Baiana, estas sofrendo influências diretas dos movimentos revolucionários ocorridos na Europa, juntamente com a Independência das 13 Colônias (EUA).

  • O Brasil se torna sede do Reino Português

No início do século XIX, a Europa vivia uma grave crise política e militar. De um lado, o grande exército francês de Napoleão dominava o continente. De outro, a Inglaterra, com sua enorme armada, era a senhora dos mares. No meio desses dois gigantes esta Portugal, economicamente pobre, apesar de suas inúmeras colônias.
Quando o imperador francês decretou o Bloqueio Continental, o governo luso viu-se num dilema. Por um lado, submeter-se as bloqueio e romper com a Inglaterra significava expor as colônias portuguesas ao poderio naval britânico. Por outro lado, desacatar a ordem de Napoleão resultaria na invasão de Portugal pelas tropas francesas.
O governo luso vacilava. Enquanto isso, as tropas francesas se posicionavam na fronteira espanhola, aguardando instruções para invadir Portugal. Em outubro de 1807, negociações secretas entre os reinos português e britânico acertaram a transferência da família real para o Brasil, escoltada pela esquadra inglesa.
A decisão de transferir a corte para o Brasil já vinha sendo preparada havia alguns meses. Mesmo assim, a partida foi tumultuada. As notícias da invasão francesa provocaram pânico na família real e nos fidalgos portugueses, que desesperadamente procuraram um lugar nos navios.
No dia 29 de novembro, a família real, acompanhada de aproximadamente 10 mil pessoas, partiu do porto de Belém, em Lisboa, como destino ao Brasil. Nos navios, partiram também joias, louças, mapas, arquivos oficiais e moedas. Na pressa, pratarias valiosas e caixotes de livros da Real Biblioteca foram esquecidos no porto, e só foram trazidos alguns anos depois.

Trabalho feito por Marcos, Walisson, Rodrigo e Fabio



A Independência do Brasil

Ocorreu em 7 de setembro de 1822. A partir desta data o Brasil deixou de ser uma colônia de Portugal. A proclamação foi feita por D. Pedro I as margens do riacho do Ipiranga em São Paulo.

  •   A volta de Dom João VI a Portugal 

Em 1821, Dom João VI recebe a noticia de que tropas estavam se movimentando rumo ao teatro real, três batalhões armados, contendo veteranos das lutas em Portugal contra Napoleão. Neste momento chegava ao Rio rumores da revolução que ocorrera no porto. Sem forças até mesmo no Rio de Janeiro, Dom João não tinha outra saída se não jurar a Constituição e voltar a Portugal. Essa decisão foi muito dolorosa para Dom João VI, pois foi no período de residencia da corte do Rio de Janeiro que se desenvolveu seu período de maior estabilidade de seu reinado.
Seu embarque foi discreto e silencioso, grande parte da corte embarcou de volta na madrugada de 25 de Abril, só Carlota Joaquina que resolveu enfrentar uma grande multidão de estrangeiros e brasileiros curiosos. A esquadra da volta a Portugal tinha 13 navios e mais de 4 mil cortesãos. A saída de Dom João foi tão inesperada quanto a sua chegada 13 anos antes.
Em outros setores da população do Rio de Janeiro nas semanas que antecederam a partida de Dom João VI, primeiro foi de revolta, alimentado por boatos que a Coroa estava “pilhando” uma grande quantidade de ouro do Banco do Brasil para ser levado de volta a Lisboa. Além disso, havia uma efervescência política, alimentado pela convocação de um grupo de eleitores para escolher as novas cortes, que se tinha reunido no prédio da Bolsa de Comércio e que acabou sendo dissolvida a bala por Dom Pedro.
Já dentro do navio tinha um forte temor, se discutia qual rota de volta à Europa iria ser tomada e se haveria uma nova escala na Bahia, logo descartada devido ao seu risco. Dentre a tripulação, o mais temeroso era Dom João, que apreensivo com a situação em Portugal, tentou fazer um plano de adiamento de sua volta. Entretanto, a ideia que acabou por impor-se foi de sair do Rio de Janeiro e fazer uma parada no meio do caminho, mais precisamente nos Açores, que além de ser necessária para descanso seria também para coletar informações sobre a situação em Portugal, que devido aos ventos, não foi realizada, levando a frota real direto a Portugal.
Depois de anos de espera, Lisboa foi a ultima a saber que a família real estava voltando, a notícia chegou faltando apenas dois dias antes do desembarque de Dom João em Lisboa. Ocorreram preparativos apressados para a recepção da Corte, como um baile que tinha se utilizado de um protocolo real que remontava ao nascimento do Império Português. O clima em Lisboa, que estava sob o controle de um governo revolucionário de viés constitucionalista, em 4 de Julho de 1821, era contraditório. Estava cheia de flores, porém cheia de soldados em posição de Sentido, nesse momento, pode-se pensar que Dom João deve ter chegado a conclusão que seus antigos poderes tinham sido lhe tirado. Dom João VI, por um instante, poderia ter pensado que Lisboa não tinha mudado com a sua saída, mas logo depois a realidade veio à tona. No mesmo dia, seus antigos conselheiros que estavam com ele praticamente durante toda a sua vida, foram demitidos pelas autoridades revolucionárias de Lisboa, e Dom João gaguejando, jurou a Constituição. Nesse dia, Dom João voltou ao Velho Continente com seus mesmos problemas, porém sem o mesmo poder.

  • O fim do poder de Napoleão

A Era Napoleônica teve início em 1799 com o Golpe 18 de Brumário e caindo este império na data de 1815 com a Batalha de Waterloo na qual Napoleão é derrotado pelas tropas inglesas.
O Período Napoleônico pode fragmentar-se em três partes: o Consulado, o Império e o Governo dos Cem Anos.
Durante o consulado foram criadas novas instituições, e houve uma recuperação econômica, jurídica e administrativa.
No período imperial, a França tornou-se um império e Napoleão consagrou-se imperador, vindo, mais tarde, a realizar uma série de batalhas para a conquista de novos territórios para o seu país. Como símbolo das suas vitórias Napoleão construía monumentos como Arcos de Triunfo nos locais conquistados. O Império Francês estabeleceu o Bloqueio continental na tentativa de enfraquecer Inglaterra.
Napoleão acaba por ser derrotado pelos aliados mas não definitivamente pois volta a Paris e reconquista o poder iniciando o Governo dos Cem Dias. Posteriormente e desta vez de forma definitiva o Império Napoleônico cai quando tenta invadir a Bélgica. Após a queda do seu império Napoleão é exilado para a ilha de Santa Helena onde morre.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O Primeiro Reinado


Localizado às margens do rio da Prata, o Uruguai apresenta um dos melhores padrões de vida da América do Sul:tem  uma das menores taxas de analfabetismo, a segunda maior renda per capita e o terceiro melhor índice de Desenvolvimento Humano da Região. Em 2005 o eleitorado uruguaio sufragou o nome de Tabaré Vasquez para a Presidência da República, colocando no poder, pela primeira vez na história do país, um líder de esquerda.
Entre 1817 e 1828 o Uruguai fez parte do território brasileiro, com o nome de Província Cisplatina.Sua independência foi conquistada após uma  guerra que se estendeu de 1825 a 1828. No Brasil , esse confronto contribuiu para prejudicar a imagem de dom Pedro I perante a população e provocar sua renúncia em 1831.
No dia 12 de outubro de 1822, dom Pedro, que naquela data completava 24 anos, foi proclamado  Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. A cerimônia de proclamação transformou-se em uma  grande festa cívica, com a participação da população do Rio de Janeiro. Cinquenta dias depois, outra festa celebrou a coroação do imperador dom Pedro I.
A nova solenidade foi fechada à população, mas a empolgação em torno da Independência podia ser sentida na cidade. Em algumas lojas, por exemplo, vendiam-se fitas amarelas com a  legenda Independência ou morte. Peças musicais foram escritas para festejar o acontecimento. Multiplicaram-se os hinos e poemas em homenagem ao fim do jugo de mais de trezentos anos imposto pela Coroa portuguesa. O próprio imperador compôs uma melodia para  o Hino Constitucional Brasiliense, com versos do poeta e jornalista Evaristo da Veiga. Até 1830 essa música foi nosso Hino Nacional. Posteriormente, passou a se chamar Hino da Independência.

O Segundo Reinado

Iniciado em 1840, o Segundo Reinado só terminou em 1889, quando dom Pedro II foi deposto pelos militares que proclamaram a República. Ao longo desses 49 anos, o governo esteve fortemente centralizado em torno da figura do imperador. Para tanto, dom Pedro II utilizou de forma sistemática as prerrogativas asseguradas ao Poder Moderador: nomeou e demitiu ministérios, dissolveu várias vezes a Câmara de Deputados, convocou eleições, escolheu senadores, suspendeu magistrados, etc.
Buscando consolidar a ordem interna, debelou as revoltas provinciais e governou com o apoio alternado do Partido Liberal e do Partido Conservador. Assim, entre 1840 e 1889 sucederam-se no poder 36 gabinetes. Os conservadores governaram por 29 anos, e nove meses; os liberais, por dezenove anos e cinco meses.
Embora as diferenças ideológicas entre os dois partidos fossem pequenas, ambos representavam setores diferentes do grande comércio e da grande propriedade da terra, sempre que um gabinete liberal dava lugar a um conservador, e vice-versa, era trocada toda a estrutura administrativa do Império. Fazendo largo uso dos clientelismo, os novos integrantes do poder substituíam os presidentes de província, prefeitos, delegados, coletores de impostos e demais funcionários públicos.
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